MP abre inquérito a Pinto da Costa e Bruno de Carvalho

Inquérito tem por base denúncia contra os presidentes e outros dirigentes do FC Porto e do Sporting, que terão pressionado responsáveis pela arbitragem e árbitros para desconvocarem greve aos jogos da Taça da Liga. PGRconfirma que já remeteu processo ao DIAP, que está a investigar.

O Ministério Público está a investigar Pinto da Costa e Bruno de Carvalho por alegadas ameaças e pressões a árbitros de futebol. Além dos presidentes do FC Porto e do Sporting, estão ainda na mira dos investigadores Luís Gonçalves, diretor-geral do FCP, André Geraldes, team manager do futebol profissional do Sporting, e Hernani Fernandes, assessor do clube de Alvalade para a arbitragem.

Em causa está uma denúncia anónima que deu entrada recentemente na Procuradoria-Geral da República (PGR) na qual se descrevem diversas movimentações dos dirigentes dos dois emblemas para tentarem condicionar e mesmo abortar a greve dos árbitros aos jogos da Taça da Liga. Contactada pelo SOL, a PGR confirmou a receção desta denúncia, afirmando que «a mesma foi remetida ao Departamento de Investigação e Ação Penal (DIAP) de Lisboa, onde deu origem a um inquérito que se encontra em investigação».

Na denúncia anónima que deu entrada no Ministério Público é referido que o clima de medo e de ameaças aos árbitros se tem intensificado e que além da invasão do centro de treinos da Maia e das mensagens mostradas pelo presidente da Federação Portuguesa de Futebol, Fernando Gomes, no Parlamento, existem outras situações que até hoje nunca foram conhecidas.

Na queixa anónima a que o SOL teve acesso – na qual consta que é igualmente enviada para a Polícia Judiciária, para a Secretaria de Estado da Juventude e Desporto e para os Grupos Parlamentares – são descritas perto de duas dezenas de alegadas pressões que envolvem todos os denunciados.

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