De acordo com os dados perliminares da JLL, os quase 1900 milhões de euros investidos em imobiliário comercial em 2017 foram destinados sobretudo aos mercados de retalho (37%) e de escritórios (33%),
A consultora que opera na área imobiliária salienta que o ramo industrial/logístico mais do que quadruplicou o seu peso (para 17%), “ao protagonizar o maior negócio do ano (a compra do portfólio Logicor por um valor entre os 250 milhões e os 270 milhões de euros
Nos negócios de 2017, a JLL destaca, no retalho, a compra dos Forum Coimbra e Forum Viseu (200- 230 milhões de euros edo Vila do Conde Outlet (130 a 140 milhões de euros ). Nos escritórios, os maiores negócios do ano incluíram a venda do portfolio Silcoge (140 a 150 milhões de euros) e do edifício Entreposto, por 65 milhões de euros.
Os dados revelam ainda que abriram 84 novas lojas de rua em Lisboa e dois novos centros comerciais (Évora Shopping e MAR Shopping Algarve). Na hotelaria, abriram, só em Lisboa, 11 novas unidades e o volume de investimento em ativos no país ultrapassou os 100 milhões.
Segundo a JLL o investimento em novos hotéis mantém-se muito ativo, com previsão de abertura em 2018 de 18 novas unidades em Lisboa (1700 quartos) e 19 no Porto (1.300 quartos.
“2017 foi um ano espetacular para o mercado imobiliário em Portugal”, resume o diretor geral da JLL. Segundo Pedro Lancastre, “já não estamos a falar de um percurso de recuperação, mas sim de expansão” uma vez que “no investimento e na atividade de ocupação e venda de escritórios, habitação e hotelaria, atingiram-se volumes de negócios e crescimento de valores que superam máximos atingidos no mercado”.
O responsável acrescenta ainda que este é “um crescimento sustentado e sustentável, porque as fontes de procura são hoje muito mais diversificadas e o posicionamento de Portugal na captação de capital internacional não é conjuntural”.
De acordo com o comunicado da JLL, o negócio imobiliário comercial em Portugal em 2017 foi uma atividade dominada pelos fundos de investimento (68% do total) e na qual os investidores internacionais aumentaram a sua quota no volume investido – de 85% em 2016 para 91% em no ano passado.