PCP traz CTT e EDP ao debate quinzenal

Os comunistas questionam o governo sobre o que vai fazer para evitar a degradação dos serviços das empresas privatizadas

Jerónimo de Sousa apelidou de “criminosas” as decisões de privatizar os CTT que, segundo o secretário-geral comunista, diz estarem “a ser destruídos” estando “os acionistas da empresa” a agir “na total impunidade”. 

A resposta de António Costa veio “de mãos atadas”, uma vez que a inspeção do processo “compete à entidade reguladora e o Governo não pode interferir”, disse o primeiro-ministro referindo que já foram impostas sansões à empresa de correios. 

“Quando a qualidade de um serviço não é medido pela satisfação do cliente mas pela avaliação do acionista é uma avaliação errada em determinados tipos de serviços”, rematou Costa sobre os CTT. 

No entanto, sobre a EDP, Jerónimo não teve resposta. O secretário-geral do PCP criticou o facto dos “custos da energia elétrica, com exceção dos clientes que se encontram na tarifa regulada” estão a aumentar, apesar dos “milhões de lucro que vão distribuir pelos acionistas”. “Vai permitir a atuação impune das empresas?”, questionou Jerónimo comparando a situação com a Galp.