A PT Empresas tem vindo a reforçar a sua presença no mercado empresarial e, ao mesmo tempo, a apresentar-se como um forte parceiro tecnológico. A fórmula é simples: não pretende apenas ser uma operadora tradicional de telecomunicações, mas quer ajudar os seus clientes a reinventar o modelo de negócio, deixando para trás as preocupações associadas à tecnologia e aos processos, passando a empresa a assumir essas funções, surgindo como um player digital global.
«Hoje somos um operador de telecomunicações com a oferta mais abrangente do mercado. Além da oferta de telecomunicações (onde somos líderes em todos os segmentos) temos uma oferta para os nossos clientes que passa por soluções de ICT e de Business Process Outsourcing», revela ao SOL, João Sousa, Chief Sales Officer B2B, acrescentando ainda que essas soluções permitem que os clientes «se foquem nos seus negócios e se libertem de operações de suporte, que podem garantir em regime de outsourcing, com elevada qualidade e eficiência de custos».
Um desses projetos diz respeito ao desenvolvimento do novo sistema de vídeo-árbitro para a Federação Portuguesa de Futebol, que tem como objetivo apoiar a qualidade das decisões de arbitragem em campo. Portugal foi um dos seis países escolhidos para a realização de testes e será pioneiro, a par da Austrália, Holanda e Alemanha, na implementação do novo sistema.
Coube à PT Empresas implementar toda a solução técnica de suporte ao novo sistema de vídeo- árbitro que vai abranger os 18 estádios de futebol da 1ª Liga para a temporada 2017/2018.
Outra aposta passa pelos projetos lançados com as autarquias portuguesas, em que a receita passa, acima de tudo, por apresentar soluções que se traduzam em maior capacidade de crescimento, sustentabilidade e racionalização de custos para os municípios. E essas soluções passam não só por implementar Wi-Fi nas cidades, mas também por projetos na área da videovigilância.
Exemplo disso é o sistema de videovigilância implementado no município de Leiria. A PT Empresas desenvolveu uma solução que engloba a instalação dos equipamentos assim como toda a componente de construção da infraestrutura em fibra ótica e a conectividade à sala de comando das operações, sediada na PSP (neste caso de Leiria).
Com esta solução de videovigilância, as equipas da PSP podem assegurar, com autonomia, a monitorização remota 24/7 dos espaços e acessos públicos da cidade, dispondo de informação em tempo real, para desta forma poderem atuar rapidamente e com maior eficácia.
Já na área de educação, foi adjudicado um projeto de plataforma de gestão escolar pelo Ministério da Educação no valor de 3,2 milhões de euros que pretende melhorar a comunicação, eficiência e gestão de recursos e conteúdos. Também com a Autoridade Tributária está a ser desenvolvido um projeto de virtualização (VDI virtual desktop) que tem um custo de 949 mil euros e com o Banco de Portugal está a ser implementado um projeto de Outsourcing de IT, cujo valor do contrato é de 9 milhões de euros.
Já em julho passado, a Altice Portugal ganhou o concurso público internacional no valor de 30 milhões para assegurar integralmente a gestão e operação do novo Centro de Atendimento do SNS, que integra a Saúde 24. Esta solução passa por gerir os centros de atendimento – um em Lisboa e outro no Porto, fazer a contratação, formação e gestão dos profissionais de saúde (enfermeiros e farmacêuticos) e a gestão das plataformas tecnológicas de suporte à atividade.
Com este projeto, a Altice Portugal implementou uma estratégia de transformação de negócio que permitiu obter rentabilidade financeira do contrato, bem como melhorar a qualidade e fiabilidade do serviço prestado.
Marca MEO também lidera
Também no consumo a marca MEO continua a dar cartas. Para João Epifânio, Chief Sales Officer B2C, este é o resultado da sua estratégia baseada em três pilares fundamentais: «Investimento em infraestrutura para garantir a acessibilidade de redes de nova geração, inovação de produtos e serviços, garantindo que o MEO está na vanguarda e continuará a marcar a agenda em Portugal e na Europa e melhoria contínua da experiência dos seus clientes, foco central de toda a nossa atividade».
E isso é visível pelos últimos dados divulgados pela ANACOM. No final de 2017 a MEO manteve a liderança no acesso à internet fixa e móvel com 39,5% de quota de mercado no acesso fixo e 38,3% na internet móvel. Além dos acessos à internet, a MEO aumentou também a sua liderança relativa ao segundo operador na oferta de pacotes de serviços de telecomunicações, garantindo uma fatia do mercado próxima dos 40% no final do terceiro trimestre do ano passado.
A ideia é continuar a crescer e, por isso, o programa de expansão de rede de fibra da PT continua em passo acelerado. A meta mantém-se: alcançar 5,3 milhões de casas fibradas até 2020, mas, neste momento, a operadora já chegou a quatro milhões de casas e empresas. Um número acima do que estava previsto quando anunciou em 2015 este programa e que previa atingir 3,5 milhões de clientes.
A Altice assume-se como o maior investidor tecnológico no país. A ideia, segundo a empresa, é tornar o país num dos primeiros países da Europa a ter cobertura quase integral de rede de fibra ótica. «Este investimento em fibra ótica contribui ativamente para o desenvolvimento e competitividade da economia local e nacional, ao mesmo tempo que atenua as desigualdades territoriais ao levar a fibra ótica a locais onde até agora existia apenas uma única opção de tecnologia», chegou a revelar a empresa.