As listas transnacionais são um mecanismo que permite ao eleitor votar diretamente na força partidária que pretende para ocupar uma fração dos eurodeputados do Parlamento Europeu. A ideia foi apresentada pelo Presidente francês Emmanuel Macron que acredita ser uma forma mais democrática e transparente de eleger a instituição europeia.
O processo eleitoral resultaria de uma votação dupla onde os cidadãos poderiam eleger o eurodeputado proveniente dos partidos nacionais, como acontece atualmente, e votar numa família partidária europeia. Os lugares destinados aos eurodeputados presentes nas listas seriam atribuídos proporcionalmente.
Para além disso, o vencedor das listas transnacionais seria ainda eleito como presidente da Comissão Europeia, acabando com o sistema de nomeação por maioria do Conselho Europeu.
As listas teriam elementos de pelo menos 14 nacionalidades, o que equivale a metade dos países da União Europeia. Com a saída do Reino Unido, ficam 73 lugares no Parlamento Europeu, e são esses lugares que Macron pretende atribuir à lista transnacional. Segundo o presidente francês, o objetivo é avançar com o modelo já nas próximas eleições europeias que estão agendadas para 2019.
No entanto, existem várias reservas dos países pequenos e médios, como é o caso de Portugal, devido à questão da representatividade. Uma vez que os países grandes já representam metade do Parlamento Europeu, com a aplicação das listas transnacionais, Alemanha, França e Itália e os países mais populosos poderão ser beneficiados com mais eurodeputados.