O best-seller “Fire and Fury: Inside the Trump White House” – “Fogo e Fúria: Dentro da Casa Branca de Trump”, de Michael Wolff, vai conhecer o pequeno ecrã num futuro próximo. De acordo com o Hollywood Reporter, o jornalista e autor do polémico livro que vendeu mais de 1 milhão de cópias em menos de um mês, alienou os direitos televisivos da obra para a transformar numa série de televisão.
O mesmo meio de comunicação assegura ainda que Wolff estará envolvido no processo, enquanto produtor executivo, acompanhado pelo antigo funcionário do Channel 4 e BBC, Michael Jackson, hoje diretor da Two Cities Television. A série será feita pela Endeavor Content.
O livro baseia-se em mais de 200 entrevistas a funcionários e elementos próximos da administração Trump e retrata os bastidores da atual Casa Branca. Entre as revelações mais controversas nele contidas, destacam-se as duras palavras do ex-conselheiro presidencial, Steve Bannon, dirigidas ao filho mais velho do presidente – sugeriu que Don Jr. tenha cometido “traição” quando aceitou encontrar-se com representantes próximos do Kremlin antes das eleições –, os planos de Ivanka Trump em concorrer, no futuro, à presidência norte-americana, e o desconhecimento e desprezo de Donald Trump pela Constituição, confessados pelo próprio.
I authorized Zero access to White House (actually turned him down many times) for author of phony book! I never spoke to him for book. Full of lies, misrepresentations and sources that don’t exist. Look at this guy’s past and watch what happens to him and Sloppy Steve!
— Donald J. Trump (@realDonaldTrump) January 5, 2018
O conteúdo do “Fire and Fury” motivou uma reação dura do presidente dos Estados Unidos que, depois de acusar Bannon de ter “perdido o juízo” e de relativizar o seu papel na vitória eleitoral republicana, catalogou Wolff como um “falhado que inventa histórias” e afirmou que o livro era “aborrecido e falso”, para além de se basear em “mentiras, falsas representações e fontes que não existem”
“Não só me está a ajudar a vender livros como me está a ajudar a provar a importância do livro”, respondeu o jornalista.