Canals, um dos arguídos da Operação Monte Branco o maior processo de fuga ao fisco e de branqueamento de capitais em Portugal, confirma a versão do antigo advogado de Rosalina Ribeiro de que os 5,2 milhões de euros que o gestor da ex-companheira do milionário Tomé Feteira transferiu para uma conta offshore de Duarte Lima, que tratava dos seus honorários como o ex deputado do PSD, sempre defendeu.
O ex gestor, que veio da Suíça para depor no processo em que Duarte Lima é acusado de se ter assenhoreado desse montante, garantiu em tribunal: "Tive conhecimento da transferência para Duarte Lima porque Rosalina ligou-me a dizer que iria fazer o pedido dessa mesma transferência. A razão que me apresentou é que Duarte Lima ia ser advogado dela", disse.
Estas declarações contrariam a tese da acusação no Brasil, onde Duarte Lima foi acusado do homicídio de Rosalina. Esta transferência é apresentada pelas autoridades brasileiras como o móbil do crime.