“O défice das Administrações Públicas (AP) de 2017 ascendeu a 2574 milhões de euros, em contabilidade pública. Esta evolução traduz-se numa melhoria de 1607 milhões de euros face a 2016, explicada pelo crescimento da receita de 3,8% acima do crescimento de 1,6% da despesa”, revelou ontem o ministério das Finanças.
O comunicado, divulgado ainda antes da publicação da execução orçamental pela Direção-Geral do Orçamento (DGO) acrescenta que, “pelo segundo ano consecutivo, o Governo garante o cumprimento dos objetivos orçamentais estabelecidos no orçamento do Estado”.
Segundo o Governo, a subida da receita explica-se pela “evolução favorável da atividade económica e do emprego”. O Executivo adianta que a receita fiscal do Estado subiu “cerca de 5%”, que a coleta líquida de IVA aumentou 6% e que o IRC subiu 10%. “A receita beneficiou ainda do comportamento do mercado de trabalho, visível no crescimento de 6,3% das contribuições para a Segurança Social”, lê-se ainda no comunicado.
O Executivo aponta que a maior despesa é resultado da “aposta no investimento público – cresceu 20%, mesmo excluindo os gastos com parcerias público-privadas” e também da “aposta continuada no setor da Saúde” que se traduziu num forte crescimento da despesa” no Serviço Nacional de Saúde (SNS).
O comunicado aponta ainda que metade da subida dos gastos com pessoal da administração central se justifica pelo setor da saúde, onde estas despesas cresceram 5,4%. Um aumento que “resulta em especial do reforço do número de efetivos no SNS. Face ao final de 2015, há hoje mais 1 830 médicos (+7,3%) e mais 2720 enfermeiros (+ 7,1%)”.