Afirmou há pouco tempo que quem é de direita sofre de racismo político em Portugal. Acha que teria vencido este prémio se o júri fosse português?
Acredito que os méritos pessoais não estão radicados em ideologias, mas que pertencem aos atores políticos. Tenho esperança que qualquer pessoa possa ser reconhecida pelo valor e não pela cor partidária. Razão pela qual não tenho qualquer prurido em tirar o chapéu ao brilhantismo e inteligência dos meus adversários. A invejocracia não pode ser um método e é um péssimo sinal quando a democracia é monocórdica, quando coloca à margem do debate as ideias que contrariam o projecto socialista
A quem ligou primeiro quando soube?
Liguei ao meu pai, que cumpre, com aprumo militar, o papel do meu melhor crítico e sábio conselheiro. E à minha mãe, cujo amor e ternura que me dedica preenchem os meus estados de almas em todas as horas.
Assunção Cristas já o felicitou?
Mostrou-se orgulhosa da façanha e reiterou a sua confiança no futuro do partido, manifestando-me que através da sua presidência continuará a haver uma forte aposta nas novas gerações populares.
E onde se vê daqui a dez anos?
Vejo-me casado com a Inês, com filhos, mantendo a minha actividade profissional como advogado, a lutar por convicções fortes no quadro da minha cidadania e a servir o país na minha circunstância de militante do CDS, pois enquanto houver estrada para andar, eu vou continuar…