Nuno Morais Sarmento pede patrocínio de Marcelo para consensos de regime

Congresso indiferente a homenagem ao PR

Nuno Morais Sarmento tem razão, Se este congresso fosse do PS – e não do PSD – a simples pronúncia do nome do Presidente da República levaria os congressistas à euforia, exultação, e concerteza palmas. Aqui, no Congresso do PSD, a homenagem que Nuno Morais Sarmento fez a Marcelo não suscitou um quilo de entusiasmo. 

No seu discurso, Morais Sarmento reconheceu essa brutal diferença com o PS. "Marcelo Rebelo de Sousa foi militante deste partido. Lutou connosco, ao nosso lado, durante mais de 30 anos. Este é o primeiro congresso depois da sua eleição. Se fosse isto um partido de esquerda estavam a fazer homenagens e a cantar hossanas. Nós, por pudor ou por vergonha, nada fazemos". 

Apesar de Morais Sarmento afirmar "não ter pudor nem vergonha" e sentir "um orgulho enorme por saber que foi com um de nós que a Presidência conseguiu criar afeto e demonstrar sensibilidade social com os portugueses", "valores que a esquerda apregoa mas não pratica", e ter feito questão de "dar uma palavra de admiração e agradecimento" a Marcelo, o Congresso manteve-se frio. Ou é "pudor", ou é "vergonha"… ou é uma indiferença que a anterior direção liderada por Passos Coelho fez por consolidar. 

Nuno Morais Sarmento desafiou Marcelo a, "com a responsabilidade acrescida e única e a particular relação que conseguiu estabelecer com os portugueses" a ser o protagonista dos consensos de regime. Os temas "deverá ser enunciado pelos partidos", mas ao Presidente "caberá legitimar" os acordos.