“Desconhecia qualquer processo, não fui notificada de nada pelo Ministério Público. Sabia, como foi público, que tinha ocorrido uma auditoria, que do meu ponto de vista tinha um caráter persecutório, basta pensar que eu nem sequer fui ouvida nessa auditoria", garantiu Elina Fraga, em declarações à agência Lusa.
A antiga bastonária da Ordem dos Advogados e agora nova vice-presidente do PSD, está a ser investigada pelo Departamento de Investigação e Ação Penal (DIAP) de Lisboa. Em causa está a gestão da Ordem durante o período em que Fraga era bastonária, entre 2011 e 2016.
A Procuradoria-Geral da República (PGR) “confirma a receção, em novembro, do relatório de auditoria realizado às contas e procedimentos da Ordem dos Advogados (nos triénios 2011/2013 e 2014/2016)”, revela uma nota oficial, a que o SOL teve acesso.
A PGR refere ainda que a auditoria deu “origem a um inquérito que se encontra em investigação”, não tendo sido constituídos arguidos.
Recorde-se que, como o i noticiou esta segunda-feira, o nome da ex-bastonária da Ordem dos Advogados foi a maior surpresa da equipa de Rui Rio, que tomou posse no congresso do PSD. Enquanto subia as escadas para se juntar aos restantes eleitos, Elina Fraga ouviu aplausos, mas também apupos.