António Costa esteve presente no Conselho Europeu informal de chefes de Estado da União Europeia e, na conferência de imprensa, destacou o esforço que todos os Estados-membros irão fazer “para cumprir o calendário proposto pela Comissão para as negociações dos fundos comunitários”.
António Costa referiu ainda que Portugal está disposto a aumentar as contribuições financeiras de modo a que os recursos possam aumentar e que esse esforço pode ser feito através da imposição de "impostos cobrados diretamente" pela própria União Europeia.
"Os impostos que têm vindo a ser falados não são propriamente impostos que incidam sobre os portugueses. Não incidirão sobre os portugueses certamente a taxação sobre as multinacionais norte-americanas que exploram o espaço digital da UE, e os impostos sobre as grandes transações financeiras não incidem naturalmente sobre os portugueses, mas sobre quem faz essas transações financeiras”, afirmou.
Como recordou o primeiro-ministro, a altura de negociações do Conselho Europeu não é das melhores pois coincide com “a diminuição de receitas e com a saída do Reino Unido”. No entanto, destacou que hoje estiveram a ser analisadas “as novas prioridades políticas que a União Europeia assumiu em Bratislava, o combate ao terrorismo” bem como a questão da “matéria de segurança e defesa”.
António Costa sublinhou ainda o “consenso bastante generalizado sobre a importância da política agrícola e de coesão com marcas identitárias da própria União Europeia”, sendo necessário “não desperdiçar o esforço para haver maior eficácia na gestão dos recursos da União Europeia, seja por aumento da transferência dos Estados-membros, seja por aumento dos recursos próprios da comissão”.