A eleição de Fernando Negrão com menos de 40% dos votos foi o primeiro sinal de que Rui Rio vai ter dificuldades para atingir a tão desejada pacificação interna. A postura dos deputados merece a reprovação de figuras com peso no PSD, como Manuela Ferreira Leite, Carlos Encarnação, Pacheco Pereira ou António Capucho, que regressa ao partido com a saída de Passos Coelho.
Ao i, Carlos Encarnação, ex-vice-presidente do PSD, admite que o partido está a passar uma fase difícil. “É evidente que quando um partido tem um líder que não está no parlamento e tem o grupo parlamentar como o principal aríete da sua força oposicionista, é mais delicado. Vai perder ali condições de afirmação homogénea da sua posição política.” Encarnação admite que pode estar em causa uma discussão ideológica entre aqueles que querem um partido mais próximo da social-democracia e os que pretendem transformar o PSD num partido liberal. “Se for assim, alguém está mal dentro do partido”, diz o ex-dirigente, admitindo que, no futuro, seja necessária uma “clarificação interna” para acabar com os “equívocos”.
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