À margem de um encontro nacional sobre sem-abrigos na Culturgest, o ministro do Trabalho, da Solidariedade e da Segurança Social, José António Vieira da Silva, reagiu ao relatório sobre a dificuldade de arrendamento e compra de casa por jovens na sequência do desemprego, empregos pecários, contratos irregulares e baixos salários da Cáritas Europa.
Para o ministro, "o que pode ser feito é o que está a ser feito, nomeadamente melhorar a situação no plano da educação". E defendeu que o emprego jovem tem registado uma melhoria ao longo dos últimos anos, afirmando que "o emprego desta faixa etária tem crescido mais que o emprego global e este, por sua vez, tem evoluído positivamente também ao longo dos últimos anos".
Em vez de se focar no número de jovens trabalhadores precários e no código de trabalho, o ministro preferiu abordar a educação. "O número de jovens que estão fora da formação profissional continua a cair e atingiu o valor mais baixo registado nos inquéritos do INE. Além disso, os dados mais recentes apontam, inclusive, para uma redução dos indicadores do abandono escolar precoce", referiu. "Um jovem que abandone a escola antes dos 12 anos de escolaridade obrigatória tem – e terá – inevitavelmente maiores dificuldade na sua integração num percurso de realização profissional e familiar", concluiu.