Em prisão preventiva desde quinta-feira no centro penitenciário de Picassent, em Valência, o futebolista português Rúben Semedo poderá sair dentro de 15 dias. A possibilidade foi avançada pelo advogado do internacional português sub-21, Bebiano Gomes, ao “Correio da Manhã”. De acordo com o seu advogado, as quase duas semanas correspondem ao tempo de análise do recurso judicial à medida de coação decretada ao defesa central pela juíza de instrução criminal do tribunal de Líria. De resto, assim que foi conhecida a decisão de deixar o jogador luso em prisão preventiva, com a juíza a considerar haver risco de fuga ou reincidência, a defesa do ex-jogador do Sporting tinha manifestado a intenção de recorrer. O recurso vai dar entrada amanhã no tribunal superior da comunidade valenciana, adiantou Gomes ao diário nacional.
Recorde-se que Rúben Semedo está a ser acusado pelos crimes de tentativa de homicídio, agressão, ameaças, sequestro, posse ilegal de armas e roubo com violência.
Semedo muda de ala Entretanto, este domingo, o jogador de 23 anos foi transferido para uma ala “mais calma” da prisão situada nos arredores de Valência. O pedido de mudança, que havia sido feito por parte dos advogados do jogador que representava os espanhóis do Villarreal, foi correspondido. Na nova ala, Semedo encontra agora outro tipo de condições, como um ginásio onde continuará o processo de recuperação da lesão que enfrenta desde dezembro.
“Sim, acederam positivamente ao nosso pedido e ele vai passar para a Enfermaria ou para a ala 26, que lhe permite ter outro tipo de condições, tendo em conta a profissão que exerce. Vai poder ir ao ginásio, para prosseguir a recuperação da lesão que tem já há algum tempo, e terá acesso à comida de dieta, o que o beneficia também”, esclareceu o advogado do jovem atleta ao “Record”.
À justiça o que é da justiça
Fernando Roig, presidente do Villarreal, abordou esta segunda-feira a situação que envolve o central que chegou ao emblema espanhol em julho passado por 14 milhões de euros. O líder do submarino amarelo sublinhou que o clube nada tem que ver com “uma atuação ao nível individual e pessoal”. “Não foi responsabilidade do Villarreal, não se pode meter o Villarreal no meio disto porque se tratou de uma atuação individual”, afirmou à imprensa espanhola. “Esperamos apenas que tudo se resolva o mais rapidamente possível, mas tenho de respeitar os timings e as formas que o juiz determinar para a resolução deste caso”, acrescentou ainda o representante máximo do clube que faz prova na principal divisão de futebol do país vizinho. A posição de Roig chega depois de na passada sexta-feira o Villarreal ter anunciado a suspensão do salário e do contrato do central português.