O presidente russo, Vladimir Putin anunciou, esta quinta-feira, durante o discurso do Estado da Nação, transmitido pela televisão a poucas semanas das eleições presidenciais, que a Rússia desenvolveu uma nova arma de destruição maciça: um míssil balístico intercontinental capaz de atingir qualquer ponto do planeta sem ser detetado e intercetado.
Putin garantiu que este é um míssil cruzeiro “de baixo voo, difícil de encontrar, com uma carga nuclear com alcance praticamente ilimitado e uma rota de voo imprevisível, que pode ignorar as linhas de interceção e é invencível perante todos os atuais e futuros sistemas de defesa de mísseis aéreos ou terrestres”.
Esta arma do juízo final foi desenvolvida após os EUA terem saído fora do tratado anti-balístico assinado em 1972 com a então União Soviética.
Numa altura que o Reino Unido ameaça bombardear o regime sírio e as tropas iranianas aliadas da Rússia, Putin deixa um aviso ao Ocidente. “Nós consideraríamos qualquer uso de armas nucleares contra a Rússia ou contra os nossos aliados como um ataque nuclear contra o nosso próprio país. A resposta seria imediata”, afirmou presidente russo.
Durante a sua intervenção foram passados vídeos das novas armas do arsenal russo: drones submarinos, novos mísseis cruzeiros que transportam pequenas ogivas nucleares.
No seu discurso, o presidente russo prometeu também reduzir a pobreza no país para metade, no espaço de seis anos. “Devemos resolver uma das tarefas chaves da próxima década: garantir o crescimento sustentado dos rendimentos reais dos cidadão e, em seis anos, reduzir no mínimo para metade o número de cidadãos na pobreza”, prometeu. Na Rússia cerca de 20 milhões, dos 146 milhões de habitantes, vi vem abaixo do limiar da pobreza.