O aumento de anúncios de venda de veículos usados em plataformas virtuais e nas redes sociais, aliado à maior facilidade de acesso ao crédito, exigem maiores cuidados na compra e uma fiscalização mais apertada deste comércio, alerta a Associação de Defesa do Consumidor (DECO).
A associação afirma que tem assistido com preocupação à frequente falta de correspondência entre o vendedor anunciante nos anúncios online e o vendedor real. Além disso, lembra que as vendas entre particulares não estão abrangidas pela garantia legal, como acontece com as vendas realizadas por profissionais do setor automóvel.
“Na compra de um carro usado, o consumidor tem direito a garantia de 2 anos, ainda que a mesma possa ser reduzida legalmente a um ano, se este o aceitar por escrito, sendo esta já uma prática generalizada no mercado português”, explica a DECO.
Através de um comunicado, a associação refere que tem recebido denúncias “de casos manifestamente ilegais em que se faz depender a vigência da garantia de um carro usado a determinados componentes, como é o caso do motor e caixa de velocidades”.
Há outros exemplos de ilegalidades no negócio dos carros a “bom preço”, como a exclusão total da garantia ou a sua redução para seis meses. São ainda conhecidos casos, segundo a DECO, em que é transmitido ao consumidor que terá de pagar para beneficiar da garantia que a própria lei lhe confere, afastando-se o vendedor da sua responsabilidade.