A escolha do sucessor de Feliciano Barreiras Duarte poderá não ser tão simples como o ato de Rui Rio escolher um nome da sua confiança para assumir o cargo. Os estatutos dizem que a nomeação é competência do conselho nacional do partido, onde o voto é secreto e a lista de Rio não obteve maioria, além de ser composto por nomes escolhidos por Santana Lopes, que o ex-presidente da câmara quis a liderar a lista como forma de apaziguar a família social-democrata.
A “Visão” anunciava ontem que Adão Silva, que chegou a ser equacionado para a liderança da bancada parlamentar, era o escolhido para suceder a Barreiras Duarte. Este nome de estrita confiança do presidente do partido poderá trazer, no entanto, atritos no conselho nacional.
Maló de Abreu, outro dos próximos de Rio, também não é um nome capaz de apaziguar críticas e conseguir uma votação sem problemas, porque foi um dos que criticaram os deputados que se revoltaram contra a eleição de Fernando Negrão para a liderança parlamentar.
Fala-se também na possibilidade de ser avançado o nome do deputado José Cesário, de modo a estreitar as relações da bancada parlamentar com a direção do partido.
Seja como for, Carvalho Martins, veterano do PSD, e Manuel Teixeira, ex-chefe de gabinete de Rio na Câmara do Porto, terão sempre uma palavra determinante a dizer na seleção.