Até agora, a greve dos enfermeiros verifica uma adesão “bastante significativa” – cerca de 75% – no Hospital de São João, no Porto. Neste hospital, várias dezenas de cirurgias e consultas foram afetadas, indicou Fátima Monteiro, Sindicato dos Enfermeiros (SEP), à Lusa.
Segunda Fátima Monteiro, os serviços mais afetados pela paralisação são “aqueles onde não há que assegurar cuidados mínimos, nomeadamente os blocos operatórios”, sendo que, “das 12 salas [de cirurgia], só uma é que funcionou”.
“Foram dezenas de cirurgias que foram adiadas por culpa do Ministério da Saúde, por não corresponder aos problemas dos enfermeiros. Ao não assumir os compromissos está a acentuar esses problemas”, disse Fátima Monteiro.
Além do Hospital de S.João, também no Hospital da Póvoa se registou uma grande adesão, cerca de 80%. Já no Hospital de Santo António, no Porto, e no Centro Hospitalar Gaia/Espinho “nenhuma sala [de cirurgia] funcionou” até ao momento.
“O ministro da Saúde e o Governo devem recolher daqui algum ensinamento”, defendeu.
Os enfermeiros estão em greve desde as 08h desta quinta-feira, e a paralisação prolonga-se até ao dia de amanhã, por falta de garantias por parte do Ministério da Saúde.
Em causa está a não concretização dos compromissos assumidos pelo Ministério da Saúde