António Costa garantiu que em abril sairá uma “nova política de habitação acessível – em homenagem ao 25 de Abril” em resposta à denúncia da coordenadora do Bloco de Esquerda sobre os negócios da Fidelidade que vão “vender 277 prédios, metade na área de Lisboa e Loures e 30 no Porto”, deixando mais de 1500 pessoas sem habitação.
Costa anunciou ainda, sobre a cultura, uma nova lista que incluiu “um conjunto de 43 entidades novas”, disse António Costa respondendo a Catarina Martins, coordenadora do Bloco de Esquerda.
No entanto, o primeiro-ministro defendeu a separação da decisão sobre quem merece ou não o apoio. “Eu acho perigoso e não gosto de uma democracia em que é o poder político que decide pelos júris que merece ou não” o apoio estatal”, acrescentou.
Catarina Martins criticou também o orçamento para a cultura afirmando que “nada justifica que o orçamento para a cultura para o Orçamento de Estado seja igual a zero”. E deixou o desafio ao primeiro-ministro de criar um Orçamento do Estado para 2019 onde a cultura seja contemplada. “As verbas podem sempre ser maiores na saúde, ciência, segurança, educação, cultura, a questão é saber qual é a atuação e a boa composição da despesa”, respondeu costa.
Sobre o “boicote dos reitores” ao PREVPAP, Catarina Martins quis saber o que o governo vai fazer. “Os representantes do governo vão continuar a ser a sombra dos reitores? Vai o governo continuar a precariedade no ensino superior?” questionou a coordenadora do Bloco ao que Costa garantiu que o governo respeita “a autonomia universitária mas também a lei” e que em “todos os casos em que a lei propuser a contratação”, tal será feito.
Catarina Martins trouxe ainda o tema da greve da Ryanair, acusando a empresa irlandesa de estar a “violar de forma provocatória as leis portuguesas que protegem os trabalhadores portugueses”, seja ao nível das licenças de paternidade, mesmo face ao direito à greve invocando ainda que situação em que a investigadora da ACT tenha de ter sido escoltada pela polícia para visitar as instalações da empresa. Costa garantiu que o governo está “a desencadear todas as ações” sobre o assunto.