Castro Mendes abre mesmo a porta a uma subida no Orçamento para se aproximar da reivindicação de ter 1% do PIB para financiar a Cultura. Sem nunca falar em números, o ministro da Cultura repetiu várias vezes que a intenção do Governo é a convergência com os parceiros de esquerda.
"Queremos continuar o caminho da convergência com os partidos que apoiam esta maioria", repetiu algumas vezes o ministro, que neste momento tem apenas 0,2% do PIB como orçamento.
Castro Mendes sublinhou, de resto, que este Governo já iniciou um caminho de aumento do investimento no setor.
"Conseguimos mais do que convergir, ultrapassar os números de 2009 com o reforço que fizemos", afirmou, lembrando que o concurso de apoio às artes conta agora com 19,2 milhões de euros, depois dos três reforços anunciados pelo Executivo num total de 4,2 milhões.
"Atingimos e ultrapassámos mesmo os valores de 2009, que era a reinvindicação do setor", vincou o ministro, que se disse aberto a rever o modelo de concurso que tanta polémica tem gerado.
"O modelo não é imune à realidade das coisas", afirmou, dizendo-se disponível para o diálogo com os agentes culturais.
"Nós ouvimos o setor e vai continuar a ouvir", prometeu.