Doze edifícios públicos criados ao longo dos últimos dez anos, o período da crise, por arquitetos portugueses de várias gerações integrarão a representação portuguesa na próxima 16.a Exposição Internacional de Arquitetura da Bienal de Veneza, num projeto intitulado “Public Without Rhetoric”.
Álvaro Siza, Eduardo Souto Moura, Carlos Prata, Inês Lobo, Manuel e Francisco Aires Mateus e Ricardo Bak Gordon são alguns dos arquitetos responsáveis pelas 12 obras, entre eles o Teatro Thalia e o Terminal de Cruzeiros, em Lisboa, o Arquipélago – Centro de Artes Contemporâneas, em São Miguel, nos Açores, o Parque de Serralves, no Porto, o Hangar Centro Náutico, em Montemor-o-Velho, ou, fora de Portugal, a Estação de Metro Município, em Nápoles, de Siza Vieira, Eduardo Souto Moura e Tiago Figueiredo.
Da instalação farão parte vários filmes, da autoria de André Cepeda, Catarina Mourão, Nuno Cera e Salomé Lamas. Durante a bienal, que decorre de 26 de maio a 25 de novembro deste ano, o “Public Without Rhetoric” ficará instalado no Palazzo Giustinian Lolin, sede da Fundação Ugo e Olga Levi, junto ao Grande Canal.
O projeto foi ontem apresentado pelo arquiteto Nuno Brandão Costa e o curador Sérgio Mah, os seus mentores, no Palácio da Ajuda, em Lisboa, na presença do ministro da Cultura, Luís Filipe Castro Mendes, do secretário de Estado Miguel Honrado, da diretora-geral das Artes, Paula Varanda, e de vários dos arquitetos e artistas convidados. Segundo Paula Varanda, o montante disponibilizado para a representação de Portugal na edição de 2018 da Bienal de Arquitetura de Veneza é de 450 mil euros: 200 mil para o desenvolvimento do projeto e 250 mil para o aluguer do espaço e a respetiva manutenção.