Depois das perturbações nos voos resultantes das greves dos pilotos da TAP e dos tripulantes de bordo da Ryanair, a AirHelp, uma empresa especializada na defesa dos direitos dos passageiros aéreos, concluiu que mais de 19.400 passageiros "são elegíveis de receber compensações" no âmbito do regulamento EC261. No total, as compensações chegam aos 7 milhões de euros.
Da parte da TAP, entre 24 de março e 8 de abril, cerca de 13.600 passageiros estão abrangidos pelo regulamento de compensações, num total de 5,2 milhões de euros. "Neste período, cerca de 40% dos voos da TAP de ou para Portugal sofreram perturbações. Cerca de 900 voos tiveram um atraso entre 15 e 180 minutos, cerca de 25 voos atrasaram-se mais de 180 minutos e mais de 120 voos foram cancelados", comunicou a associação à Agência Lusa.
Os restantes 1,8 milhões de euros resultam da greve da Ryanair que afetou 5.800 passageiros. "Cerca de 170 voos tiveram um atraso entre 15 e 180 minutos, perto de 10 voos tiveram um atraso superior a 180 minutos e cerca de 40 voos foram cancelados", é ainda referido, tendo como base a análise de 20% dos voos afetados com partida ou chegada a Portugal.
Segundo a Autoridade Nacional de Aviação Aérea (ANAC), entre 26 e 28 de março, foram cancelados 29 voos da TAP em Lisboa, o que implica que 3.846 passageiros foram afetados.
O Sindicato dos Pilotos da Aviação Civil (SPAC) pediu aos pilotos da TAP para que não aceitassem fazer voos durante as folgas ou férias marcadas durante o período de 24 a 28 de março, enquanto na Ryanair a greve dos tripulantes de cabine nas bases portuguesas durou três dias não consecutivos, realizando-se nos dias 29 de março, 1 e 4 de abril.