A quezília foi breve. O machado de guerra, por agora, regressa ao enterro. Ontem, em reunião da comissão política de Rui Rio, foram aprovados os nomes que haviam sido acordados com Pedro Santana Lopes no último congresso.
Como i noticiou, Santana Lopes não teria gostado nada de ver Rio anunciar o novo conselho estratégico nacional do PSD sem incluir os nomes que havia indicado e o seu diretor de campanha – João Montenegro, que negociou o acordo – falou publicamente do “incómodo” com “a quebra” do pacto. O próprio Santana confirmou que os nomes antes estabelecidos não haviam sido escolhidos: “Rio procurou juntar depois do congresso e depois nada mais”. O ex-provedor da Santa Casa, que entrou lado a lado com Rio no congresso, diz, no entanto, que “não se pode chamar rutura àquilo que não foi entrelaçado ou casado”.
Ontem, todavia, o desconforto apaziguou-se. Na sede nacional do PSD cumpriu-se o acordo e os nomes de Santana serão integrados e convidados em breve por David Justino para o conselho estratégico, o governo-sombra de Rio. E são eles João Silveira Botelho, da Fundação Champalimaud, o diplomata Martins da Cruz, o deputado Costa Neves e os autarcas Fermelinda Carvalho, Humberto Marques e Ricardo Pereira Alves. Para as Relações Internacionais, como prometido, irá Vitório Cardoso, do PSD de Macau. Para o Instituto Francisco Sá Carneiro, o think-tank do PSD, vai o novo vice-presidente da JSD Alexandre Poço, assim como os autarcas João Rodrigues (Braga) e Antunes dos Santos (Pombal). Todos próximos da recém-eleita líder da jota, Margarida Balseiro Lopes, que ganhou o congresso do passado fim de semana a André Neves, apoiante de Rio.
Santana Lopes “e toda a sua estrutura viram este gesto de Rui Rio de integração todos os nomes sugeridos nos órgãos nacionais com bastante apreço”, diz ao i, fonte próxima do ex-provedor.