Portugal alia-se a Fundo Global da ONU no combate ao VIH, malária e tuberculose

Protocolo foi assinado esta manhã em Coimbra

Portugal vai reforçar os programas do Fundo Global da ONU no combate ao VIH, malária e tuberculose. O protocolo foi assinado esta manhã na Cimeira Mundial de Saúde, que decorre em Coimbra.

O ministro da Saúde explicou que esta parceria internacional visa aumentar o intercâmbio de profissionais, respondendo ao que forem as necessidades dos países apoiados pelo Fundo. Missões que Adalberto Campos Fernandes diz serem idênticas a iniciativas de cooperação na área da formação que envolvem universidades portuguesas ou instituições de saúde.

Recentemente o Fundo Local destinou 44 milhões de euros ao combate de VIH, malária e tuberculose em Angola. Durante a cimeira ficou já o alerta de que por exemplo em Moçambique uma das dificuldades nesta área é a falta crítica de recursos humanos.

Estima-se que a escassez de profissionais de saúde continue a aumentar nos próximos anos. Em 2035, a OMS estima que exista  uma lacuna de 12 milhões de profissionais, por força do envelhecimento, opção por funções melhor remuneradas e emigração.

Num painel que juntou representantes das ordens profissionais da saúde ficou patente a ideia de que é preciso um esforço multidisciplinar centrado nos doentes, além dos projetos que já existem na ligação das ordens com as suas congéneres nos PALOP e projetos como bibliotecas itinerantes apoiadas pela Ordem dos Enfermeiros ou trabalho no campo da deteção de medicamentos falsificados ou regulação de ensaios clínicos, dinamizado pela Ordem dos Farmacêuticos.

Todas as ordens têm atualmente projetos de cooperação. Ficou o apelo a uma estratégia nacional nesta área, que vá ao encontro das necessidades efetivas dos países e não assente apenas em voluntarismo. E que procure que os profissionais que se formam com ajuda portuguesa regressam aos serviços de saúde dos seus países.