O socialista afirma que as declarações que vieram a público ao longo desta semana são incompreensíveis e que "a direção nacional do partido foi muito inábil na gestão de todo este caso”. “Nos últimos dias, precipitou-se num conjunto de declarações irresponsáveis, que não têm de facto explicação racional. Não se compreende como é que, de um dia para o outro, uma série de dirigentes da primeira linha do partido socialista se multiplicam de forma concertada em declarações públicas infelizes sobre este caso", defende Daniel Adrião.
Contudo, apesar da saída de Sócrates, Daniel Adrião assegura que ninguém irá apagar e fazer esquecer o legado do antigo primeiro-ministro: "Foi uma figura marcante na história do PS. O PS não pode reescrever a sua história", referiu em declarações à TSF.
"O caso Manuel Pinho acabou por contaminar o processo Sócrates e a leitura política que o PS fez do processo de José Sócrates quando, até aqui, tinha conseguido efetivamente separar muito bem todo este processo. Cai por terra a célebre declaração que fez a escola do PS nos últimos três anos, quando o próprio secretário-geral António Costa disse 'à Justiça o que é da Justiça, à Política o que é da Política'", terminou.