Greve dos trabalhadores não docentes com “fortíssima adesão”

Secretário-geral da Federação Nacional de Educação (FNE) confirma “fortíssima adesão” à greve desta sexta-feira por parte dos trabalhadores não docentes 

O secretário-geral da Federação Nacional de Educação (FNE), João Dias da Silva, indicou hoje, em declarações à Lusa, que os dados iniciais apontam para uma "fortíssima adesão" à greve desta sexta-feira dos trabalhadores não docentes, com escolas fechadas em praticamente todo o país.

"As maiores escolas de Bragança estão encerradas, há escolas no Porto encerradas e também em Espinho. (…) Concretiza-se uma fortíssima adesão à greve pela incapacidade do Governo em dar respostas a um problema que é reconhecido, de que se fala há tanto tempo e que o Governo continua sem resolver", afirmou João Dias da Silva.

O secretário-geral falava ao jornalistas em frente à Escola Básica e Secundária Passos Manuel, em Lisboa, e afirmou que há escolas encerradas de norte a sul do país.

Recorde-se que, os trabalhadores não docentes estão esta sexta-feira em greve, de forma a exigir a integração dos vínculos precários, uma carreira específica e meios suficientes para assegurar o bom funcionamento de todas as escolas.

O responsável da FNE fez saber que há muitos precários no processo de regularização extraordinária destes funcionários na administração pública, indicando que "o que é contraditório neste processo é que o Ministério da Educação, que está a regularizar a situação de alguns precários, está ao mesmo tempo a admitir outros precários".

"Neste ano estão a entrar 1.500 precários e anuncia-se para o ano mais 500. Estes 1.500 mais os 500 não estão incluídos no processo de regularização e isto é totalmente contraditório e inaceitável", assegurou.

"Há bibliotecas que estão fechadas porque não há trabalhadores para conseguir abrir, as cantinas e os bufetes e papelarias muitas vezes estão com horários reduzidos e os recreios das escolas continuam sem funcionários. Esta é a realidade que não são os sindicatos apenas a sublinhar, mas que os pais e alunos veem todos os dias quando chegam às escolas", acrescentou Dias da Silva.

"O que entendemos é que o Governo tem de encontrar formas para se sentar à mesa e encontrar uma solução", declarou o secretário-geral.