Provavelmente, nem o mais entusiasta adepto da Juventus teria escrito um guião mais otimista para a 35.a jornada. A derrota caseira frente ao Nápoles, na ronda anterior (0-1), deixava as duas equipas separadas por apenas um ponto e o calendário nesta reta final parecia sorrir aos napolitanos. Nada mais errado: na hora da verdade, a Vecchia Signora mostrou quem manda, vencendo no terreno do Inter de Milão por 3-2, com dois golos nos últimos três minutos. No dia seguinte, o Nápoles saiu vergado por uma pesada derrota em Florença (3-0), numa noite de glória de Giovanni Simeone (filho do treinador do Atlético de Madrid), que marcou os três golos e praticamente sentenciou o campeonato.
Agora, com quatro pontos de avanço, a Juve só tem de ganhar os dois jogos em casa: nesta ronda recebe o Bolonha, tranquilo no 12.o lugar e sem quaisquer aspirações de maior, e na última jornada o Verona, que por essa altura já deverá estar despromovido. Pelo meio, sim, uma deslocação muito difícil: a Roma, para defrontar o terceiro classificado. Onde, ainda assim, até pode perder: basta-lhe vencer os dois embates no seu estádio para celebrar o heptacampeonato.
Antes da visita à capital, porém, haverá lugar à primeira decisão: a final da Taça, perante o AC Milan de Gennaro Gattuso, que ainda tenta chegar aos lugares europeus, mas que pode ter aí a salvação da época. Jogo quente, muito quente, em perspetiva.
Tudo de olhos na champions A Serie A italiana é, das ligas de topo, a única onde (alguma) incerteza ainda se mantém em relação ao vencedor; em Inglaterra, Alemanha e França há muito que essas contas estão fechadas, com o Barcelona a deixar também essa questão resolvida no último fim de semana em Espanha.
Nesta jornada, porém, os blaugrana podem dar um passo de gigante rumo a outro objetivo muito específico: terminar um campeonato sem derrotas, o que seria inédito em La Liga. O primeiro – e porventura mais complicado – obstáculo a essa pretensão é precisamente o Real Madrid, o grande rival dos catalães, que ainda corre pelo segundo lugar, à distância de quatro pontos (mas o Atlético tem um jogo a mais).
Na Premier League, a luta pela Liga dos Campeões também continua a aquecer os adeptos. No domingo, o Chelsea recebe o Liverpool naquela que é a última oportunidade de os blues reduzirem distâncias em relação aos reds e continuarem a acreditar na qualificação. O mesmo acontece em França, com o Lyon, o Monaco e o Marselha numa luta de titãs, e na Alemanha, com Schalke 04, Dortmund, Hoffenheim, Leverkusen e RB Leipzig ainda a sonhar.