O que para uns foi uma ‘traição’, para outros foi um alívio.
Para a eurodeputada Ana Gomes a saída de José Sócrates foi uma justa “reflexão” do Partido Socialista que tem vindo a contar com “as posições assumidas ao mais alto nível nos últimos dias”.
A saída do antigo primeiro-ministro deverá agora servir, de acordo com Ana Gomes, para “ajudar os militantes a fazer o imperativo exercício de introspecção sobre como é que deixaram o partido ser instrumentalizado daquela forma por indivíduos como José Sócrates para fins criminosos”.
“O PS não deve ter uma atitude medrosa, deve ter agora uma atitude corajosa e enfrentar a questão”, disse ao Público, afirmando que está convencida de que “há ainda muita coisa por saber”.”Todo o esquema de corrupção em causa, com o BES a ser a cabeça do polvo, não começou com o PS e com José Sócrates, não tenho dúvidas disso”, assegurou.