Assunção Cristas defendeu uma revisão da Constituição Nacional para melhorar a justiça. Costa não responde ao desafio da líder centrista, dizendo que, segundo a própria Constituição, o governo está impossibilitado de discutir o assunto.
Cristas criticou a resposta alegando que no início do debate o primeiro-ministro respondeu a Fernando Negrão, do PSD, enquanto "António Costa". No entanto, a líder centrista voltou a questionar Costa sobre a necessidade de "fiscalização e prevenção para que aquilo que se passou no seu governo do passado não aconteça agora também". Costa foi sucinto e disse apenas que não conhece ninguém do atual governo que esteja na mesma situação de Manuel Pinho, perguntando a Cristas se tem alguma sugestão para avançar.
"Causa-me alguma estranheza que pelo menos ao ministério da Economia não seja feita uma auditoria", disse ainda a presidente do CDS, no entanto Costa frisou que não tem mais competências do que a Procuradoria-Geral da República. "Considero-me impedido de proceder a investigação criminal", disse, desafiando-a a avançar se tiver alguma informação. "Sempre que fui ministro e detetei alguma ilegalidade comuniquei ao Ministério Publico e à Polícia Judiciária", afirmou.
Sobre os meios aéreos para o combate aos incêndios, Cristas questionou Costa sobre a discrepância entre os valores avançados pelo primeiro-ministro a 15 de março e o número que atualmente está disponível. Costa remete a sua resposta para o que disse a Catarina Martins, uma vez que "nos últimos 15 minutos não surgiu nenhum facto novo".
"É bom não truncar as palavras: acabamos com o conceito da época de incêndios mas o ano não é todo igual", disse ainda Costa acrescentando que seria "uma péssima gestão do dinheiro público" ter os mesmos meios de combate a incêndios durante todo o ano. Costa defendeu um empenho progressivo da utilização dos meios disponíveis.
Cristas criticou ainda a confiança que Costa afirmou ter no Ministério Público recordado a polémica à volta da renomeação de Joana Marques Vidal em que o primeiro-ministro defendeu que o cargo não é renovável.