Com base nas comemorações do 1º de Maio, Jerónimo de Sousa defendeu o aumento do salário mínimo nacional para os 650 euros, como foi pedido por Arménio Carlos, secretário-geral da CGTP, assim como a redução para as 35 horas no privado. "Diga-me senhor primeiro-ministro, quando passamos das palavras aos atos?", desafiou
Costa remeteu para a "realidade", referindo-se ao aumento de 15% no salário mínimo nos últimos três anos, e de 4% para os salários acima do salário mínimo. "Nos últimos anos não era não haver avanços, havia recuos e nós temos feito avanços", reforçou.
Sobre o Serviço Nacional de Saúde, Costa referiu o aumento de 3600 médicos e 3000 enfermeiros, o que resultou de um investimento de 700 milhões de euros anuais na Saúde. "Roma e Pavio não se fizeram num dia e também não é em dois anos e meio que se resolve o que não foi feito em décadas", disse ainda o primeiro-ministro.
Jerónimo critou ainda os casos de corrupção nas grandes empresas, assim como as privatizações e PPPs que têm sido ruinosas para o país. O secretário-geral do PCP referia-se também à mais recente denúncia do caso do ex-ministro Manuel Pinho e a sua relação com a EDP e as rendas excessivas de energia. "Gente séria há em todos os partidos", disse Jerónimo de Sousa, criticando a "promiscuidade", que resulta da passagem de ex-governantes para os conselhos de administração das grandes empresas, como a EDP.
"Se a AR entender que há novos mecanismos a incluir, eu só tenho que aplaudir", respondeu Costa.