A taxa de desemprego caiu para 7,9% no primeiro trimestre de 2018, o que representa uma redução de 0,2 pontos percentuais face ao trimestre anterior e de 2,2 pontos em relação ao período homólogo, divulgou o Instituto Nacional de Estatística (INE). O valor trimestral não era tão baixo desde 2008.
A população desempregada, estimada em 410,1 mil pessoas, diminuiu 2,8% (menos 11,9 mil) face ao trimestre anterior, prosseguindo os decréscimos trimestrais observados desde o 2.º trimestre de 2016. Em relação ao mesmo período do ano passado, verificou-se uma diminuição de 21,7% (menos 113,8 mil), ligeiramente inferior à observada no trimestre anterior.
Já a população empregada, estimada em 4.806,7 mil pessoas, manteve-se praticamente inalterada. Segundo o INE, "registou uma variação trimestral relativa quase nula (associada a um ligeiro acréscimo de 1,8 mil pessoas) e um aumento homólogo de 3,2% (mais 148,6 mil)".
De janeiro a março, a taxa de desemprego dos homens (7,6%) foi inferior à das mulheres (8,1%) em 0,5 pontos percentuais, tendo a primeira diminuído 0,1 pontos percentuais em relação ao trimestre anterior e a segunda recuado 0,3 pontos percentuais. Em termos homólogos, a taxa de desemprego diminuiu mais para as mulheres (2,4 pontos percentuais) do que para os homens (2,2 pontos percentuais).
Entre os jovens dos 15 aos 24 anos, a taxa de desemprego foi de 21,9%, o valor mais baixo da série iniciada no primeiro trimestre de 2011. Face ao trimestre anterior, o desemprego nos jovens diminuiu 1,6 pontos percentuais e em termos homólogos recuou 3,2 pontos percentuais.
O aumento da população empregada verificou-se sobretudo no setor dos serviços (mais 34,2 mil pessoas empregadas que no trimestre anterior e mais 106,2 mil em termos homólogos).
Também o número de desempregados de longa duração (à procura de emprego há 12 meses ou mais) diminuiu 0,3 pontos percentuais face ao último trimestre de 2017 e 1,8 pontos em termos homólogos, atingindo uma proporção de 53,8%.
A taxa de subutilização do trabalho foi de 15,2%, tendo diminuído 0,3 pontos percentuais face ao trimestre anterior e 3,0 pontos em relação ao trimestre homólogo de 2017.
Por regiões, a taxa de desemprego no primeiro trimestre foi superior à média nacional na Região Autónoma da Madeira (9,1%), na Região Autónoma dos Açores (8,9%), na Área Metropolitana de Lisboa (8,6%) e no Norte (8,1%). Abaixo da média nacional situaram-se as taxas de desemprego do Alentejo (7,8%), do Algarve (7,6%) e do Centro (6,3%).