Renato Sampaio culpabilizou Assunção Cristas por ter criado uma "lei dos despejos" e acusou o CDS de repetir as propostas apresentadas pelo governo, presentes nova geração de políticas de habitação, como a diminuição da taxa de redução de tributação autónoma em sede de IRS.
João Gonçalves Pereira, do CDS, afirmou que os centristas apresentaram os projetos primeiros e "que a proposta do CDS é muito mais competitiva do que a dos PS" porque falam em contratos entre os cinco e os oito anos, quando o governo fala entre 10 e 20 anos.
Já o PSD defendeu que "o que o país não precisa de medidas avulsas" mas sim propostas alargadas a todo o país e não apenas a Lisboa. "Para o PSD não há nem nunca houve portugueses de primeira e portugueses de segunda, não nem nunca houve concelhos de primeira e de segunda", disse ainda a deputada Emília Santos.
Em resposta, o deputado do CDS referiu que os problemas em Lisboa são os mais evidentes.
O PEV, através do pedido de esclarecimento de José Luís Ferreira, acusa de ter sido o responsável por "sujeitar a habitação à ditadura dos especuladores", tornando a situação da habitação "absolutamente insustentável". "Forma despejadas cinco famílias por dia", disse o deputado d'Os Verdes repetindo o valor.
José Luís Ferreira disse ainda que as propostas apresentadas pelo CDS pretendem "remendar a lei do arrendamento" que está "moribunda". "Não seria melhor matar o mal pela raiz e revogar a lei dos despejos?" questionou o Ferreira.
João Gonçalves Pereira criticou ainda a declaração de que as propostas do CDS são paliativas.
Do PCP, Paula Santos, criticou o "dinamismo" que o CDS afirma ter sido criado com a Lei das Rendas, considerando que esse "dinamismo" serviu "para expulsar as pessoas". As pessoas, que "contribuíram com os meios e esforço financeiro para a valorização da habitação onde vivem", perdem a sua casa, como denuncia a deputada. No entanto, das bancadas da direita ouve-se "não é verdade". "Não é verdade que as pessoas estão a ser despejadas? Mas os senhores vivem em que país?" questionou Paula Santos afirmando que com a lei Cristas "o direito à habitação é remetido para último plano".
"Nós não contribuímos para o branqueamento de responsabilidade do CDS e PSD", afirmou ainda a deputada comunista. "O mercado também são as pessoas", respondeu João Gonçalves Pereira. "Eu sei que a política do PCP era ter habitação social para o país inteiro", acrescentou demarcando-se dessa ideologia.