Milhares de professores concentraram-se este sábado em Lisboa reivindicando que seja contado o tempo de serviço congelado e ainda um regime especial de aposentação para a classe. “O tempo dos compromissos acabou”, afirmou o líder da Fenprof, Fernando Nogueira, ao lado dos dirigentes de uma dezena de outros sindicatos.
Mário Nogueira apelou ao ministro ao Educação, Tiago Brandão Rodrigues, para que “ouça e veja a rua”, agora que “o ano vai entrar numa fase sensível”.
Às reivindicações maiores da contabilização do tempo de serviço congelado — nove anos, quatro meses e dois dias, traduzidos nos cartazes e T-shirts em que se lia “9A-4M-2D” — e da aprovação de um regime especial de aposentação, ao fim de 36 anos de serviço, os sindicatos juntaram outras: baixar o número de alunos por turma, melhorar as condições de trabalho e garantir estabilidade e segurança na profissão.
Presente na manifestação esteve Catarina Martins que, perante os apelos à demissão do ministro da Educação, disse, citada pela Lusa, que “está na altura” de o governo resolver os “muitos problemas da escola pública”.
Na resolução aprovada pelos sindicatos a propósito da manifestação nacional, o recado para o governo ficou bem claro: caso não sejam ouvidas as reivindicações, os professores continuarão com a luta, “se necessário, ainda no presente ano escolar”.