A terceira intervenção foi de Assunção Cristas que criticou o chumbo do PS nas propostas de alteração fiscal da região do interior. E anunciou novas propostas que Costa agradeceu lembrando que a líder do CDS
No entanto, rapidamente mudou o tema para a eutanásia que será debatido neste hemiciclo na próxima terça-feira. "É ou não é a favor da eutanásia?", questionou. Costa acabou por não responder à questão. "A senhora deputada odeia a ideia que eu sou primeiro-ministro e não estou aqui como líder do PS", respondeu acrescentando que "ficaria muito mal ao governo intrometer-se num debate que está a correr num órgão autónomo que é a Assembleia da República".
Para Cristas a urgência desta votação que não está incluída em nenhum programa eleitoral, à exceção do PAN, dos partidos. Costa voltou a não responder recorrendo ao princípio de separação de poderes. "Não há regra sem exceção", acusou Cristas, "no que toca ao setor da energia o governo já manda mudar o sentido de voto".
Com a falta de respostas de Costa, a líder do CDS sugeriu ao primeiro-ministro que aproveitasse o congresso do PS para dar o lugar da liderança do partido a outra pessoa para que possa só responder como primeiro-ministro.
"Com o seu governo a saúde ficou doente, está bem pior do que nos tempos da troika", disse ainda Cristas, "e não é capaz de dizer que na sua grelha de prioridades se vai investir nos serviços paliativos ou implementar a eutanásia, que por certo é mais barato".
"No nosso tempo o SNS não ficou doente, está a ser curado da doença que vocês puseram", respondeu Costa lembrando que existem mais profissionais de Saúde. No entanto Cristas lembrou que com a redução do horário de trabalho para as 35 horas, obviamente que foi necessário contratar pessoas.
Sobre o preço do petróleo, Cristas quis saber se o governo vai revogar o ISP, o imposto sobre produtos petrolíferos, Costa remeteu para a resposta dada a Catarina Martins, momentos antes. "Em 50 euros de gasolina, 31 vão para o Estado", lembrou Cristas acusando o governo de fazer uma "colossal carga fiscal" desafiando os partidos a "votar a revogação do adicional do ISP".
Sobre a temática da Agricultura, que Cristas tutelou quando esteve no governo do PSD/CDS, a líder do CDS quis saber o que o Executivo vai fazer para a manutenção das verbas comunitárias para a agricultura.