Heloísa Apolónia começou a sua intervenção por desafiar o primeiro-ministro a reverter "a posição de não haver avaliação de impacto ambiental em Aljezur". Costa garante que o governo não pode interferir na avaliação técnica da Agência Portuguesa do Ambiente.
"O que está em causa e só é a dispensa relativamente à investigação, não está em causa da dispensa a uma eventual exploração", explicou o primeiro-ministro. "Mesmo no quadro de descarborização da economia, o petróleo será utilizado durante muitos anos", acrescentou Costa referindo que mesmo no "cenário de nulidade carbónica" ainda seria necessário importar cerca de 50 barris de petróleo.
Heloísa Apolónia acusou o governo de dizer precisamente as mesmas palavras do ministro do Ambiente, lembrando que é o Ministério do Ambiente que controla a APA. "É preciso assumirmos que se trata de uma matéria política", criticou a deputada. "Os Verdes lamentam e vão entrar na luta concreta das populações para que esta decisão seja revertida", anunciou ainda a líder do PEV.
Sobre as propostas do governo para melhorar as condições do interior Heloísa Apolónia questiona Costa se está disposto a que o Orçamento do Estado vai dar respostas às três propostas apresentadas pelo governo deixando ainda a questão de quando é que o governo vai avançar com a regionalização. António Costa respondeu que irão ter em conta todos relatórios da APA, voltando a frisar que a APA só recusou a avaliação relaticamente à investigação.
Costa anunciou ainda o restabelecimento da linha ferroviária que liga Beja a Lisboa, "mesmo antes da eletrificação da linha".