No seguimento da reunião entre o presidente italiano, Sergio Mattarella, e o ex-diretor do Fundo Monetário Internacional, Carlo Cottarelli, o primeiro encarregou o segundo de formar um governo tecnocrata, mas apenas até 2019.
"O Presidente Mattarella recebeu o doutor Cottarelli e pediu-lhe que formasse um governo", anunciou Ugo Zampetti, porta-voz da presidência, no fim da reunião.
As principais prioridades de Cottarelli, como o próprio afirmou, serão a formação rápida de um executivo e a aprovação do Orçamento de Estado para o próximo ano. O ex-diretor disse ainda que apenas aceitará formar um novo governo se o parlamento italiano aprovar um voto de confiança que lhe dê legitimidade democrática. Se não aprovar, Cottarelli abandonará a responsabilidade de que foi incumbido pelo presidente e eleições antecipadas serão convocadas para este mês de agosto.
"Vou apresentar-me ao Parlamento com um programa que – se receber "luz verde" – vai incluir a aprovação do Orçamento do Estado. Depois o Parlamento será dissolvido com eleições no início de 2019", disse Cottarelli, referindo que "na ausência da confiança [do Parlamento], o governo demite-se imediatamente e a sua função será a gestão corrente até às eleições que ocorrerão em Agosto".
Este será o segundo governo de cariz tecnocrata desde o deflagrar da crise económico-financeira em 2007-8. O primeiro governo tecnocrata italiano foi liderado por Mario Monti, ex-comissário europeu, entre 2011 e 2013.