A morta-viva cimeira entre Kim Jong-un e Donald Trump demonstra sinais de uma ressuscitação quase completa. Pela primeira vez desde que cancelou o encontro do dia 12 em Singapura, o presidente americano oferece detalhes sobre os encontros de alto nível em jogo.
Se Trump, nos últimos dias, só afirmou vagamente que o diálogo prosseguia nos bastidores, ontem deu a saber que o seu governo vai encontrar-se em Nova Iorque com o antigo chefe dos serviços de espionagem e responsável de topo do regime coreano.
“Temos reuniões em curso sobre a cimeira e, além disso, Kim Young [sic] Chol, o vice-presidente da Coreia do Norte, está a caminho de Nova Iorque”, escreveu Trump no Twitter, redigindo mal o nome de Kim Yong-chol, o vice–presidente do Comité Central dos Trabalhadores.
Kim Yong-chol é uma das principais figuras do regime e o alegado responsável pelo ataque norte-coreano contra um navio do Sul, em 2010, que matou 46 marinheiros sul-coreanos. Kim está na lista negra dos Estados Unidos e a sua viagem teve de ser sancionada pelo governo – sinal de que a visita é importante.
Kim negociará com responsáveis americanos os possíveis canais de diálogo entre os líderes em Singapura, no dia 12, caso a cimeira vá de facto avante. Num outro sinal de que esse desfecho é plausível, uma estação japonesa filmou ontem o chefe de gabinete de Kim Jong-un em viagem para Singapura, via Pequim.