O rei Filipe VI de Espanha deu ontem posse ao novo governo socialista espanhol que tem uma maioria de mulheres: 11 dos 17 ministérios. Na cerimónia, o primeiro-ministro Pedro Sánchez afirmou que a sua nova equipa “partilha a mesma visão de uma sociedade progressiva que é ao mesmo tempo modernizadora e pró-europeia”.
Incluindo o primeiro-ministro, o novo governo de 18 pessoas é 61,1% feminino, a parecentagem mais alta na História do país. São pouco os países – como por exemplo França, Suécia ou Canadá – em que a maioria dos membros do governo são mulheres e no caso espanhol estas serão responsáveis pelas pastas mais relevantes.
Economia, Finanças, Defesa, Educação, para além da vice-presidência, que acumula com a Igualdade ou Ambiente e Energia são pastas tuteladas por mulheres. A nova ministra da Economia será Nadia Calvino, até agora diretora-geral da Comissão Europeia e responsável pelo Orçamento comunitário, em Bruxelas é vista como um sinal inequívoco de Pedro Sánchez para demonstrar o seu empenho na continuação da redução do défice orçamental espanhol e cumprimento do rigor económico e a ortodoxia da União Europeia, tal como María Jesús Montero – que saneou as contas públicas da Comunidade Autónoma da Andaluzia- à frente das Finanças
Veterano Já o novo ministro dos Negócios Estrangeiros é Josep Borrell, que foi ministro de Felipe Gonzalez e presidente do Parlamento Europeu. Ontem, ao assumir a pasta, o socialista veterano disse que o movimento independentista catalão é “o maior problema” que o país tem de enfrentar.
“São tempos difíceis. A Espanha enfrenta, talvez, o maior problema que pode enfrentar um país: o da sua integridade territorial”, disse Borrell, catalão e um conhecido opositor à independência da região em que nasceu, que tem participado nos em muitas manifestações a favor da unidade de Espanha.