Imprensa internacional. Ronaldo, o ‘goleador voraz’

CR7 já não é só o sol do sistema Seleção Nacional. A imprensa internacional está rendida ao capitão das quinas e já considera o avançado o “homem que é uma seleção”

“Goleador voraz”

“Portugal mostrou o mero pragmatismo vencedor, mas sofreu à grande e levou com um turbilhão de futebol. Esta seleção portuguesa tem uma cara sóbria e cinzenta, igual àquela com que conquistou o Campeonato da Europa de 2016. Um goleador voraz, um guarda-redes notável e muito sofrimento para poder roubar o triunfo a um atrevido Marrocos, que não mereceu o castigo da derrota pelo que fez com a bola. Quis tê-la e usou-a para ser melhor do que Portugal do princípio ao fim”, escreveu o espanhol “El País” após a vitória portuguesa que colocou um ponto final no sonho marroquino.

“CR7 e 10 mais”

“Portugal praticamente assegurou o lugar para os oitavos-de-final do Mundial 2018 na Rússia ao derrotar Marrocos (1-0) num duelo em que, na ausência de jogo do lado português, Cristiano Ronaldo voltou a ser decisivo. Portugal foi beneficiado pela falta de pontaria da seleção marroquina, combinada com a enorme eficácia de Cristiano Ronaldo, o líder indiscutível do atual campeão europeu”, comentou o catalão “Sport” num artigo intitulado “Portugal é Cristiano e dez mais”.

“Homem-Seleção”

“Cristiano Ronaldo, o homem que é uma seleção. Portugal venceu e mandou Marrocos para casa com golo decisivo do craque”, começa por escrever o brasileiro “O Globo”. “Se, em quatro minutos de jogo contra Marrocos, Cristiano Ronaldo já fez golo, em dois jogos de Copa ele já fez de tudo: marcou no início, no fim, de dentro, de fora da área, com o pé direito, o esquerdo e com a cabeça”, continua a mesma publicação, que diz ainda que nem os cânticos de apoio a Messi quando CR7 tinha a bola serviram para distrair o capitão luso. 

“São Cristiano”

“São Cristiano Ronaldo. Quanto pior joga Portugal, maior se torna Cristiano Ronaldo. A equipa não defendeu bem, falhou as transições no meio-campo para chegar ao ataque, sofreu em cada ataque marroquino, mas pôde contar com esse animal chamado CR7 para ganhar um jogo que não merecia ganhar. Marrocos, com o seu bom toque e critério para trocar a bola, acabou penalizado por não ter nem 10% da eficácia do craque rival”, podia ler-se na plataforma digital do diário desportivo argentino “Olé” após o encontro. 

“A reboque do 7”

“Portugal ganhou, soma quatro pontos e pode fazer a festa. Mas o prazer é limitado, pouco convincente, mostra ter dado passos atrás em relação ao jogo com Espanha. Os campeões da Europa por agora seguem a reboque do número 7: Bernardo Silva, designado segundo violino, não se iluminou, Guedes corre e pouco mais, João Mário não está longe do visto em Milão. Os centrais, experientes, às vezes cambaleiam, mas permanecem sempre em pé”, analisava o italiano “La Gazzetta dello Sport”.

“Bota de Ouro”

“Fernando Santos queria ver mais dos atores secundários da sua equipa, mas, enfim, enquanto o selecionador português tiver Cristiano Ronaldo, provavelmente isso não será essencial. Ronaldo fez aquilo que Ronaldo faz. Chegou a zonas perigosas, marcou e foi decisivo. Não interessa que a exibição de Portugal não tenha sido memorável. O objetivo foi alcançado e colocaram um pé nos oitavos-de-final. O golo surgiu cedo e, depois do hat-trick no empate 3-3 contra Espanha, [Cristiano Ronaldo] avança na corrida para a Bota de Ouro”, garantiu o britânico “The Guardian”.