O eterno génio Steve Jobs, dizia muitas vezes que “ A simplicidade é a máxima sofisticação” nos dias de hoje tudo se complica, tudo é analisado e escrutinado, criam se muitas dificuldades e procuram se poucas soluções, no futebol também é assim de vez em quando… Olhar para esta Selecção Portuguesa é perceber que a simplicidade de processos, é, e será a melhor virtude de Portugal. Não adianta complicar.
Portugal tem uma Selecção riquíssima sob o ponto de vista individual e uma ideia colectiva de jogo muito definida, com experiência e maturidade e alguma juventude irreverente.
O grande objectivo está próximo, a equipa vai evoluir nos seus princípios ofensivos com bola, tem que o fazer necessariamente, ainda é curto o que estamos a fazer perante a qualidade que temos, sempre de olho no lado estratégico e organizacional, Portugal tem que respirar, serenar, circular melhor, aproximar mais os médios na construção, soltar um dos avançados para o apoio frontal e outro a dar largura, os laterais têm que dar a profundidade desejada no tal 4x4x2 fechado.
Marrocos quis muito, deu muito, é preciso não esquecer que Marrocos precisava da vitória!!! Pressionou muito, os 3 médios de Marrocos “abafaram” William e Moutinho, que saudades do William de 2016! (Vai crescer com a competição) Moutinho foi muitas vezes Moutão! E o Bernardo continua com muita dificuldade neste 4x4x2 mais fechado e recuado, tal como frente a Espanha, o mérito foi de Marrocos, condicionou o portador e as linhas de passe, Portugal com pouca velocidade de execução e tomada de decisão,não conseguia… e percebeu que a certa altura era melhor fechar e recuar mantendo esta super importante vitória.
Um jogo de desgaste, frente a uma excelente Selecção Marroquina, a história da posse e da beleza de jogo será sempre tema de conversa, Portugal é Campeão da Europa!! Sim Portugal é Campeão da Europa, mas o Mundial é outra conversa e outro contexto, sim existe alguma disparidade de forma entre os jogadores ( Rui Patrão, Pepão, João Moutão, e o Extra Terrestre) sim podemos fazer mais, mas sempre numa lógica de simplificar, o jogo de Portugal neste contexto e não estando nesta fase confortáveis com bola em organização e ataque posicional, devemos simplificar, três quatro toques, bola nos corredores, aceleração, e finalização, pressão mais alta recuperação mais forte e transição ofensiva, simplificar será a chave!
Cada jogo de Portugal é uma “guerra” e esta serviu para em definitivo apagar a memória da derrota no México 86!
Juventude irrequieta ( Guedes, Bernardo, Guerreiro, Gelson, Bruno Fernandes) precisamos de mais, muito mais, estamos a conseguir mas ainda não estamos a sonhar!