Varias pessoas que participaram na reunião, que tinha como propósito debater os resultados da recente cimeira europeia sobre refugiados disseram que Seehofer ofereceu sua demissão de ambos os cargos, depois de anteriormente ter criticado resultados obtidos pela chanceler alemã, Angela Merkel, no Conselho Europeu.
Seehofer, defendeu que não vê alternativa a recusar a estadia a migrantes que cheguem à fronteira da Alemanha. Uma posição que choca frontalmente com a de Merkel, que declarara à ZDF que "a soma de tudo o que já definimos tem o mesmo efeito" das medidas defendidas pelo ministro do Interior.
Segundo Seehofer, os resultados obtidos por Merkel não têm o mesmo efeito que o controle de fronteiras e a rejeição de requerentes de asilo já registados noutros países europeus.
Estas duas medias defendidas por Seehofer estão na origem da atual crise do governo alemão. A aliança CDU-CSU vigora desde 1949 mas está agora fragilizada, uma vez que os deputados bávaros apoiam as medidas propostas pelo seu líder.
Sem o apoio dos parlamentares da CSU, o governo de coligação entre a CDU e o SPD deixaria de ter maioria absoluta no Bundestag. Merkel nunca governou sem maioria absoluta no parlamento.