O Ministério da Educação diz que todos os alunos do ensino secundário que fizeram exame já têm a sua nota interna atribuída. Isto significa que, de acordo com as informações prestadas pelas escolas à tutela, os serviços mínimos às reuniões de avaliação permitiram que “o acesso ao ensino superior possa acontecer com normalidade”. Os professores estão a fazer greve às avaliações desde o início do mês passado e depois de as negociações com a tutela terem sido interrompidas vão recomeçar quarta-feira.
As negociações vão recomeçar mas já são conhecidas as posições da tutela e dos docentes. E a margem de concessão parece ser muito reduzida. Segundo os resultados de um inquérito da plataforma de dez sindicatos, onde estão a Fenprof e a FNE, 96,4% dos professores que responderam (50738) disseram não estar disponíveis para ceder, pretendendo ver contabilizados os nove anos e quatro meses para a sua progressão de carreira. Só parece haver abertura para negociar a forma como será feita tal contabilização.
O ministério de Tiago Brandão Rodrigues já deixou, no entanto, claro que o governo mantém a proposta inicial, o que na prática significa que está disponível para contabilizar apenas dois anos e dez meses.
