E a saga continua: tal como tem vindo a acontecer jornada após jornada deste Mundial de Moto2, o piloto português Miguel Oliveira continua sem conseguir os melhores resultados na qualificação valendo-se, no dia da corrida, dos brilhantes arranques para conseguir acabar (quase) sempre no pódio ou no top5. Este fim-de-semana não foi, por isso, diferente. O GP Alemanha que terminou este domingo tinha especial importância por ser uma ronda que marcava o final da primeira metade deste Campeonato do Mundo da categoria intermédia do motociclismo. Dessa forma, um bom resultado na pista alemã era essencial não só para o almadense consolidar o 2.º lugar com que chegava ao circuito de Sachsenring, mas sobretudo para voltar a pressionar o líder do Mundial, o piloto italiano Francesco Bagnaia (Kalex), de quem tinha uma diferença de 16 pontos.
Apesar de não ter chegado ao pódio, o jovem luso voltou a impressionar já que conseguiu cruzar a meta no 4.º lugar depois de ter arrancado da 15.º posição da grelha de partida. Com este resultado, e tendo em conta que o seu rival mais direto, Bagnaia, não foi além do 12.º posto, o português da KTM conseguiu reduzir para apenas 7 pontos a diferença para o italiano na classificação geral.
“Foi uma corrida muito difícil, mas foi uma pena não ter conseguido chegar ao grupo da frente, porque senti-me bem. Queria um pódio, e foi por isso que lutei pela 3ª posição até às últimas voltas, mas ficámos um pouco aquém. Estou muito contente com este resultado, especialmente em termos do título, porque reduzimos a distância para o líder. Agora estamos a 7 pontos e isso dá-nos muita motivação para continuarmos a trabalhar quando regressarmos da pausa de verão”, declarou Miguel Oliveira no final da prova.
De resto, de referir que o protagonista deste GP alemão foi mesmo Brad Binder (colega de equipa do português) já que o motociclista sul-africano conquistou ontem a sua primeira vitória de sempre no Mundial de Moto2, com um tempo de 39:46 minutos, seguido de Joan Mir (Kalex), a 0,779, atual quarto classificado na geral, e Luca Marini (Kalex), a 0,933, que ontem fechou o pódio.
Cinco pódios em 9 corridas Nas nove jornadas já disputadas deste Mundial de Moto2, o português de 23 anos soma até ao momento cinco pódios (no GP Argentina, GP EUA, GP Espanha, GP Itália e GP Espanha-Catalunha). Até ao momento, Miguel Oliveira não cruzou a meta entre os três primeiros no Qatar, prova inaugural deste Mundial, onde terminou no 5.o posto, na França e na Holanda, em ambas terminou no 6.o lugar, sendo, por isso, os piores resultados registados pelo número 44 na presente temporada da competição, e na corrida de hoje, na qual terminou na 4.º posição.
Miguel Oliveira ruma agora para umas curtas férias de verão já que, como é habitual, o Mundial de Moto2 terá uma pausa de verão de duas semanas. Assim, o português que tem entrada garantia na categoria-rainha da modalidade (MotoGP) na próxima temporada (2019) só voltará a entrar em ação entre 3 e 5 de agosto, na República Checa, país que vai receber a décima jornada deste Campeonato do Mundo.