Foram encerradas 245 camas de hospital em todo o país, denuncia o Sindicato dos Enfermeiros. “Em menos de 24 horas, a plataforma de denúncias do Sindicato dos Enfermeiros recebeu a denúncia do encerramento de 235 camas em todo o país”, pode ler-se no comunicado enviado aos jornalistas.
O presidente do sindicato, José Correia Azevedo, acredita que “a tendência é o número de denúncias aumentar”, disse ainda. E isso irá dar a “conhecer o verdadeiro caos instalado na gestão do Serviço Nacional de Saúde”.
O encerramento das camas atingiu Portugal de norte a sul. Ao todo, até esta quarta-feira, os hospitais que perderam mais camas são o Centro Hospitalar de Leiria (com cerca de 55), seguido do Centro Hospitalar Médio Tejo – Abrantes e o Hospital de Santa Maria (ambos com 25). Com 20 camas encerradas aparecem o Centro Hospitalar de São João – Porto, o IPO de Coimbra, o Centro Hospitalar Lisboa Central, com 15 camas a menos o Centro Hospitalar de Trás-os-Montes e Alto Douro e o Centro Hospitalar de Peniche e, no fim da lista, com 10, o Centro Hospitalar Vila Nova de Gaia/Espinho, o Centro Hospitalar Cova da Beira, o Hospital Fernando Fonseca – Amadora/Sintra, o IPO do Porto e o Hospital São José.
Os enfermeiros tem sido motivado pela falta de enfermeiros que estão em greve às horas extraordinárias por tempo indeterminado para obrigar o governo a contratar mais profissionais depois da redução dos horários para as 35 horas semanais. Segundo Azevedo, este protesto “está a ser um sucesso”.
O ministro da Saúde anunciou que serão contratados 2000 profissionais de saúde – enfermeiros, técnicos e administrativos – para compensar a redução do horário. Adalberto Campos Fernandes garantiu ainda que até maio foram contratados cerca de 1600 profissionais.