Este sábado, durante uma operação de trânsito em Vila Nova de São Bento, em Serpa, dois militares da GNR foram agredidos por um condutor que se tornou agressivo quando se apercebeu que ia ser multado por não trazer consigo os documentos necessários.
Depois de saber que ia ser multado, o suspeito abandonou o local a pé e, durante a fuga, agrediu um dos militares com um soco na cara, encontrando-se este a receber tratamento hospitalar e de baixa médica.
O homem foi mais tarde detido, quando já se encontrava em casa, e posteriormente libertado pelo Ministério Público, “que determinou que o agressor ficasse em liberdade até ser presente em tribunal, sendo que o juiz decretou a medida de coação menos gravosa, Termo de Identidade e Residência”, pode ler-se no comunicado da GNR enviado à imprensa.
“Nesta situação, lamentavelmente, não há nada de novo em relação a tantos outros casos e parece que a banalização da prática de agressões e injúrias contra agentes da segurança pública tende a agravar-se, já que em regra a resolução jurídica destas situações prima pela absoluta impunidade, decidindo-se, invariavelmente, pelos mínimos penais constantes na lei”, lê-se na mesma nota.
“Impõe-se uma necessárias consciencialização por parte de quem decide e que, nas suas decisões deveria transpor o espírito da lei, que contempla a gravidade deste tipo de crime, não contribuindo ativamente para que os profissionais sintam que estes casos primam pela impunidade e que se tendem a banalizar, pois, inexistindo consequências para quem os pratica, não existe efeito dissuasor”, refere ainda a GNR no comunicado.
No final, a GNR mostra-se indignada com a situação e com a decisão do MP, afirmando que a justiça “parece apenas ser célere e por vezes injusta, quando do outro lado está um profissional da GNR”.