Na passada sexta-feira, o Conselho de Segurança das Nações Unidas anunciou que, em sete anos, sete mil crianças foram mortas ou mutiladas devido à guerra da Síria. Porém, outros relatórios “não verificados” avançam para mais de 20 mil vítimas.
“Está na hora de as crianças reaverem a infância que lhes foi retirada. Têm sido utilizadas e vítimas de abusos, pelo e para o conflito, há demasiado tempo”, afirma a representante especial das Nações Unidas para as Crianças e Conflitos Armados, Virginia Gamba.
De acordo com a representante, as crianças sofreram ataques nas escolas, centros de refúgio e até nas suas próprias casas.
De acordo com o site da ONU, “desde 2005 que o Concelho de Segurança monitoriza e reporta mecanismos de seis graves violações contra as crianças”, devido a este conflito. As seis violações são “homicídio, mutilação, recrutamento de crianças para combaterem, violência sexual, rapto, ataques em escolas e centros médicos e recusa de acesso humanitário”.
“Desde então, todos os anos tem havido um enorme aumento em todas as violações graves, cometidas por ambas as partes do conflito”, confirma Gamba.
De acordo com os dados da ONU, só este ano, foram registadas 1200 violações graves contra as crianças: mais de 600 foram mortas ou mutiladas e quase 180 foram recrutadas para combater no conflito sírio.
Em termos de infraestruturas, 60 escolas e 100 unidades médicas foram atacadas.
De acordo com o representante especial, a maior parte destas violações dão-se nas zonas de Afrin, Hama, Idlib, Ghouta e Dara’a.
"Estou profundamente perturbada com as histórias das crianças que nascem e crescem, na Síria, durante este conflito; são crianças que nunca viram paz no seu país. Estas crianças não sabem o que significa a palavra paz!", confessa a representante.