O governo pretende apostar na reutilização das águas residuais tratadas. O objetivo é desenvolvida uma estratégia nacional – que deverá estar concluída até dezembro – para criar regras para o tratamento específicas consoante o uso a que se destina.
O secretário de Estado do Ambiente, Carlos Martins, avança à agência Lusa que o plano será composto por “cinco pilares de atuação” para tentar aproveitar as águas residuais que resultam dos tratamentos das Estações de Tratamento das Águas Residuais (ETAR). A estratégia que será aplicada a nível nacional inclui um diploma que determina o tipo de tratamento a ser dado conforme o uso a dar às águas, assim como um guia prático, um plano de ação das entidades gestoras da ETAR e ainda um diploma que irá alterar a regulamentação das redes de águas “normais” e “residuais” nos edifícios, explicou o governante.
A utilização das águas tratadas poderá ser aplicada não só para rega de jardim, lavagem de carros, autocarros, ruas ou contentores de resíduos mas também para sistemas de refrigeração, uso agrícola e para autoclismos de casa de banho.
A alteração da distribuição da precipitação nos últimos anos – com zonas onde chove muito e zonas de seca – são a principal razão que levou o governo a anunciar a intenção de reutilizar as águas residuais. Carlos Martins explica que a estratégia nacional para a utilização de águas residuais tratadas vai ser elaborada por especialistas contratados pela Agência Portuguesa do Ambiente (APA) e deverá estar concluída em dezembro deste ano.