A guerra interna no PSD não acalmou com as férias de Verão. Carlos Carreiras escreveu, esta semana, um artigo no i em que lamenta que a direção do PSD só apareça para criticar os «anteriores dirigentes do PSD». E deixa uma pergunta que é também uma acusação: «Onde anda o PSD, o seu líder e os seus vice-presidentes? Emigraram, já deitaram definitivamente a toalha ao tapete e apenas criticam e fazem oposição aos anteriores dirigentes do PSD? É que, em política, os empatas tendem a sobreviver, mas os seus representados perdem e sofrem», escreve o presidente da câmara de Cascais.
O vice-presidente do PSD David Justino dissera, na última edição do SOL, que «são essas pessoas que andam a servir de muleta do governo» e apelou à disciplina e ao bom senso. Mas os críticos da atual direção não gostaram da repreensão e negam que estejam a facilitar a vida ao governo socialista quando atacam Rui Rio.
A ausência do líder durante as últimas semanas está a incomodar alguns sociais-democratas. Uma das principais críticas à estratégia de Rui Rio é a aproximação ao governo socialista. Em sentido inverso, Fernando Negrão fez ontem um violento ataque ao Governo. «O país, neste Verão, foi mais uma vez vítima de uma governação negligente, desatenta, incompetente e sem rumo», escreveu o líder parlamentar do PSD nas redes sociais. Negrão considerou que vivemos tempos «perigosos», porque o Governo «não protege os portugueses e a única política consistente que tem é o controlo do Estado».