Nas férias vai continuar a utilizar as redes sociais e a usar a internet?
Redes sociais: estão sempre em férias, porque totalmente dispensáveis. Internet: na razão directa da curiosidade que me alimenta.
Qual o seu maior vício em férias?
A vontade de viver e a procura da diferença na aparente igualdade de cada dia.
Qual a sua maior virtude?
A de nunca me apreciar em excesso.
Fecha a torneira quando lava os dentes?
Sempre. A liquidez é importante para um economista.
Em férias faz reciclagem do lixo?
Qual lixo? E nem todo é reciclável. Mas há um certo lixo que me apraz exterminar diariamente: o spam disfarçado de não spam e o lixo electrónico de chatos que mandam as mesmas graçolas e os mesmos artifícios virtuais.
Com quem não se quer cruzar de todo?
Os cruzamentos só me incomodam se forem em forma de rotunda.
Qual o seu acessório imprescindível?
Óculos para ver, livros para ler, caneta para escrever (sem a geringonça ortográfica).
Qual foi a última coisa que comprou por mil euros?
O IVA.
Em férias é tempo de farra ou de descansar?
Não sou de farras. Nem de descanso.
Vai a museus? Qual foi o último que visitou?
A casa-museu de Richard Wagner em Bayreuth e (reincidindo) o museu do Benfica.
Que livros pensa conseguir ler em férias?
No Alentejo, onde passo Agosto, a leitura é mais lenta. Mas, como de costume, leio vários livros ao mesmo tempo: “A Guerra Fria” (de Odd Arne Westad), “A viagem mais improvável” (de Walter Alvarez) e “A ordem do dia” (de Éric Vuillard).
Em que hotel mais gostou de estar em Portugal e no estrangeiro?
Não quero ser injusto porque o meu gostar hoje pode não ser o de antes, tudo dependendo mais de mim do que do hotel.
Qual o seu restaurante preferido?
A minha casa: melhor comida, melhor preço, melhor serviço e tenho sempre lugar.
Convida a pessoa da sua vida para jantar. Que sobremesa prepara?
Convido a minha mulher há quase 50 anos. Preparo a carteira.
Esqueceram-se de cobrar as sobremesas do seu almoço. Cala-se ou avisa o empregado?
Nunca me aconteceu. O contrário, sim, algumas vezes. Umas vezes deixo-me levar, mas vingo-me pedindo o recibo detalhado.
Já roubou? O quê?
Folhas de árvores no Outono.
Rádio ou smartphone?
Rádio, evidentemente.
Que músicas vai levar consigo?
Portuguesa: Pedro Barroso, Rodrigo Leão e Luisa Amaro. Estrangeira: Philip Glass, Mark Richter e Arvo Pärt.
Compra jornais e revistas? Quais?
Diariamente, o Público e a Bola (via pdf, no IPAD), o que me permite lê-los logo de madrugada. Semanalmente, o SOL. Duas ou três vezes por semana Il Corriere della Sera para aperfeiçoar o meu italiano. O resto é em função do tempo, do tema e da disposição.
Tem algum hobby?
Nesta altura da vida, a própria vida.
Que talento pagaria para ter?
O talento não se compra (felizmente…).
Qual o político que mais admira ou admirou?
Prefiro responder só com estrangeiros: Gandhi, Mandela e Churchill. Agora, é o deserto.
Há pessoas insubornáveis ou todos temos um preço?
Continua a haver pessoas incorruptíveis, ainda que em vias de extinção.
Toma comprimidos para dormir?
Só quando o Benfica perde.